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Municípios da AMCG devem compartilhar equipes de saúde

•16/03/2021 09:24

Com mais de 50% dos leitos de Ponta Grossa sendo ocupados por pacientes provenientes da 3ª Regional de Saúde, composta por 12 municípios, as Prefeituras devem se unir para colaborar e evitar danos ainda maiores na área da saúde na cidade pólo dos Campos Gerais.  Municípios menores, como Castro, Carambeí e Piraí do Sul devem 'ceder' equipes de saúde para atuar na linha de frente contra a covid-19. 
A decisão foi tomada no início da noite desta segunda-feira por chefes do Executivo durante reunião extraordinária da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG). "Neste momento de pandemia temos que nos dar às mãos. Os municípios menores utilizam da estrutura de Ponta Grossa, por isso sugeri que, as Prefeituras que tenham condições, disponibilizem suas equipes", explicou o prefeito de Castro e presidente da AMCG, Moacyr Fadel. "Além de colaborar com o município de Ponta Grossa, desafogamos um pouco dos pequenos, que não contam com estrutura", completa.
Os trâmites da ação, bem como a disponibilidade dos municípios de ceder equipes devem ser o tema dos estudos nos próximos dias. "Vamos aceitar de bom grado. As equipes de saúde estão estafadas. É muito triste", desabafa a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt.
A região já vem atuando neste compartilhamento de recursos em tempos de pandemia. "A situação da saúde em Carambeí está bem difícil. Agora estamos estruturando, mas não contávamos com diversos materiais", contou a prefeita Elisângela Pedroso, que recebeu um respirador do município de Piraí do Sul para uso emergencial. 
Situação parecida com a do município de Ponta Grossa, Telêmaco Borba, que atende a região da 21ª Regional de Saúde com sete municípios, também está sofrendo com a falta de leitos e aumento de casos de covid-19. O prefeito Marcio de Matos defende a tomada de decisões mais enérgicas para conter o avanço da doença. Hoje são sete os pacientes aguardando por um leito de UTI no município, e já contabilizamos 143 óbitos. "Conseguimos a abertura do Hospital Regional. Mas estamos precisando de ampliação", relatou. "O que nós precisamos é segurar a sociedade", avalia.
Decretos
Durante a reunião, os gestores discutiram ainda a questão da aplicação de novas medidas para conter o vírus. "Dentre os municípios menores percebemos que o comércio não é onde há o foco do contágio, por isso deve permanecer aberto", conta o presidente da AMCG.  O que os prefeitos defendem é maior conscientização da população para evitar o aumento da incidência e o número de óbitos. "Não temos hospitais, medicamentos, equipes de saúde ou vacinas suficientes. Enquanto a conscientização não prevalecer não temos muitas medidas a tomar", avalia o chefe do executivo de Ortigueira, Ary Mattos.
Festas clandestinas, churrascos, encontros em áreas de lazer e atividades esportivas que geram aglomerações devem estar na mira dos gestores nos próximos dias. "A penalidade não pode cair no comércio enquanto continuar ocorrendo estas situações. O comércio pequeno não aguenta novo fechamentro", avalia o prefeito de Palmeira Sergio Belich, adiantando que o trabalho de fiscalização deve ser pesado nos próximos dias.
O prefeito de Ivaí, Idir Treviso, lembrou ainda da proximidade da Páscoa, que pode trazer um alívio para os comerciantes. "Eles estão contando com esta nova data para alavancar as vendas e reduzxir um pouco o sdeu prejuízo", disse, justificando seu posicionamento.
Os gestores que estão conseguindo conter um pouco as aglomerações, e assim diminuir os casos de contágio, destacam a proibição do consumo de bebidas alcoólicas dentro dos estabelecimentos como uma das medidas aditadas. Arapoti viu a taxa de contágio diminuir de 20 para 8%, e Piraí do Sul, que estava com 84 casos diários na nona semana de 2021, diminuiu para 54. "Além da proibição do consumo de bebidas, fechamos campos de práticas esportivas e cultos", contou o prefeito Henrique Carneiro.
Em Ponta Grossa, um novo decreto "com medidas mais enérgicas" deve ser divulgado amanhã após a prefeita realizar novas reuniões. "Muitas dificuldades virão ainda pelos próximos 60 dias. Temos que anunciar medidas firmes", antecipa.


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