A AMCG Cultura prepara nos próximos dias uma carta de apelo ao Governo do Paraná para que este olhe com mais atenção aos bens tombados pelo Estado nos municípios. O documento foi solicitado aos gestores pelo secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, que participou no mês de março de reunião mensal dos dirigentes de cultura da Associação dos Municípios dos Campos Gerais. “Na ocasião foram diversas as solicitações, mas os gestores decidiram focar no patrimônio histórico neste primeiro apelo”, conta o coordenador regional, o secretário de Cultura, Turismo, Patrimônio Histórico e Relações Públicas do município de Palmeira, Waldir Joanassi Filho.
O documento será entregue pelos representantes da AMCG Cultura durante o Encontro de Gestores e Dirigentes Municipais de Cultura do Paraná marcado para o próximo dia 19 no Museu Oscar Niemeyer. O evento tem como objetivo estreitar as relações e criar um canal de comunicação mais ativo entre o Governo do Paraná e a área da Cultura das prefeituras municipais. A ocasião deve contar com a presença do governador Beto Richa, além de representantes do Ministério da Cultura, autoridades estaduais e equipe técnica da Secretaria.
Conforme o coordenador da AMCG Cultura, o apelo da região se deve ao estado ‘crítico’ em que se encontram os bens tombados pelo Estado nos municípios. “Há o tombamento, mas não há nem legislação e nem fiscalização por parte do Governo para manter este patrimônio”, explica Joanassi. Uma das questões apontadas pelos gestores é que o Estado poderia ao menos contribuir com a disponibilização de técnicos para realizar projetos de restauração, já que o apoio financeiro é mais difícil. “Um município não conta com disponibilidade de museólogos ou antropólogos, por exemplo. Já o estado conta com estes profissionais e poderia nos apoiar tecnicamente”, avalia o coordenador.
Para o representante da região no Conselho Estadual de Cultura, Cirilo Barbisan, é de suma importância os Campos Gerais apresentar esta demanda ao Governo do Estado, já que é uma das regiões mais antigas do Estado. “Temos muito peso, já que contamos com uma diversidade grande de patrimônio histórico edificado”, avalia.
Além do suporte financeiro e técnico para a manutenção dos bens, a carta de apelo deve questionar outras questões como o seguro dos bens tombados. Conforme os gestores do município de Castro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicita aos municípios o seguro destes bens, mas as seguradoras não oferecem estes serviços.
Eventos Regionais
Os gestores aproveitaram a reunião mensal da AMCG Cultura realizada nesta terça-feira para convidar os participantes para os eventos que irão movimentar a região nos próximos dias. Em Palmeira, no Centro Cultural de Witmarsun, acontece no dia 20 de maio o Festival da Cerveja Artesanal. Em Castro uma programação de abertura de espaços culturais tem início no dia 10 de junho, com o Museu do Tropeiro. O espaço ganhou investimento de mais de R$ 500 mil e teve o prédio mais antigo da cidade – datado de 1795 – todo restaurado para a reinauguração. Após a reabertura do Museu do Tropeiro, o município reabre a Casa da Sinhara, no mês de julho, e um espaço de exposições no mês de agosto. Os gestores de Tibagi destacaram a realização da Caminhada Internacional da Natureza, agendada para o dia 11 de junho.