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AMCG Cultura pretende criar mapa gastronômico

Um dos únicos municípios do país a contar com patrimônio imaterial tombado, Palmeira recebeu nesta terça-feira os gestores da AMCG Cultura para apresentar como foi a implantação do processo que deixou o prato “Pão no Bafo” famoso internacionalmente. Depois de tombar o pão no bafo, o município tombou outro bem imaterial, a Fanfarra Arthur Orlando Klas, do Colégio Estadual Dom Alberto Gonçalves (Cedag), como manifestação cultural, já que conta há décadas com ensaios públicos mensais nos quais a população atua ativamente.

Os gestores de Cultura de Palmeira não vão parar por aí, já está em estudo a implantação de um novo tombamento de patrimônio imaterial, desta vez de paisagem do município: a Colônia Cecília. Conforme a presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira (IHGP), Vera Lúcia Oliveira Mayer, o patrimônio imaterial envolve diversas questões, como as tradições, as práticas, comportamentos, crenças e também as paisagens. “São elementos intangíveis de uma cultura”, define.

Conforme o coordenador da AMCG Cultura, e secretário de Cultura, Patrimônio Histórico, Turismo e Relações Públicas de Palmeira, Waldir Joanassi Filho, a ideia de apresentar a experiência de Palmeira para os demais gestores é criar uma identidade cultural para a região dos Campos Gerais. “Vamos criar um mapa cultural gastronômico”, antecipa, destacando que a alimentação é necessidade básica de todos. “Vamos puxar o pessoal pela barriga”, brinca, lembrando que Palmeira recebe inúmeros turistas para saborear o Pão no Bafo.

A proposta já rendeu ideias dos gestores, como o frango caipira com mingau de milho verde de Ortigueira, a farofa de carne e o bolo de polvilho de Tibagi, e a linguiça artesanal de Ipiranga por exemplo.

Para Vera, é muito importante a questão do tombamento destes bens imateriais, já que ajuda a florescer as situações peculiares dos municípios, que com as novas tecnologias e a globalização estão sendo deixadas de lado e caindo no esquecimento. Por isso, na questão do tombamento é essencial o envolvimento da comunidade. “Como todas as coisas, as tradições também sofrem alterações e podem acabar se perdendo. São muito vulneráveis”, avalia.


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