As dificuldades financeiras dos municípios e as formas de capitalizar mais recursos para os cofres públicos pautaram mais uma reunião dos prefeitos da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG). Em Imbaú, gestores de 14 dos 19 municípios que compõe a entidade receberam nesta quinta-feira representante da Agência Paraná Desenvolvimento. Onildo Benvenho apresentou o Programa Municipal de Atração de Desenvolvimento, que visa a prestação de serviços de atração de investimentos econômicos ao Estado. “A agência busca trazer o investimento para os municípios”, explica, destacando que a decisão final de onde as empresas irão se instalar parte do empresário, mas que os municípios devem dar condições para que sejam escolhidos. “Para o presidente da AMCG, e prefeito de Ipiranga, Roger Selski, é muito importante a região contar com informações quanto a seu potencial, mas também são importantes as tratativas junto ao empresariado e Governo do Estado. “Há questões que cada município pode negociar junto aos investidores”, avalia.
Para o deputado estadual, Marcio Pauliki, que participou do encontro dos gestores, a região deve estar preparada para o recebimento de investimentos, já que “os Campos Gerais e o Norte Pioneiro são a bola da vez no ciclo industrial do estado”. “Hoje o Brasil se encontra em crise, mas o setor produtivo está cobrando decisões adequadas do Governo Federal e certamente, nos próximos meses, os investidores voltarão a procurar alternativas de crescimento. E nós temos que estar preparados para isso”, avalia, completando que o Paraná conseguirá se afastar da crise antes mesmo que outros estados, devido à agricultura forte e resultados do programa Paraná Competitivo, que fez com que o desemprego fosse menor por aqui. Além disso, o deputado citou o preço do dólar, que faz do Brasil “um país em liquidação”. “Está barato para as empresas comprarem ativos no Brasil”, destaca.
Conforme estudo realizado pela Agência Paraná de Desenvolvimento, as decisões do empresariado para escolher locais dos novos investimentos se devem ao resultado de um conjunto geralmente apresentado pelos gestores. “40% resulta de informações estratégicas, 30% da mão de obra existente, e outros 30%, ou até menos, se deve aos incentivos fiscais”, enumera Benvenho. Por isso, um diagnóstico formado com estratégias, indicadores e a convergência entre os setores é essencial para a região.
Para o prefeito de Castro, Reinaldo Cardoso, é muito importante a realização de um diagnóstico e também de um planejamento para toda a região. “Nós já estamos preparando Castro para o futuro”, disse, citando o projeto da Nova Castro, que já contou com investimentos de cerca de R$ 1,2 milhão da Prefeitura.
Recesso
Durante o encontro realizado em Imbaú, os gestores da AMCG decidiram pelo recesso das Prefeituras no final do ano. A maioria dos municípios da entidade fecha suas portas – com exceção dos serviços essenciais – no dia 18 de dezembro e retorna no dia 4 de janeiro.
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