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AMCG decide por paralisação contra a crise dia 21 de setembro

Os prefeitos da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) decidiram por acompanhar o ‘Dia de Protesto’ proposto pela Associação de Municípios do Paraná (AMP). No próximo dia 21 de setembro, as Prefeituras dos 19 municípios associados estarão fechadas (exceto serviços essenciais) para denunciar a grave crise financeira enfrentada. “Estaremos brigando por uma causa comum. Em prol do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e pela série de dificuldades encontradas pelas Prefeituras”, explica o presidente da AMCG, e prefeito de Ipiranga, Roger Selski.

Em reunião realizada pela AMP na última terça-feira, todas as Associações regionais acenaram a adesão ao Dia de Protesto. A AMCG tomou a decisão após contar com a unanimidade entre os prefeitos. “Temos que mostrar para nossa comunidade que também estamos chocados com esta crise”, destaca Selski. Para o prefeito de Castro, Reinaldo Cardoso, o Brasil está passando por uma crise nunca vista antes. “Uma crise econômica, política e moral”, elenca, destacando que os gestores estão discutindo por um bem comum: a sobrevivência de seus municípios. Para Cardoso, se este ano a crise já está sendo sentida em todas as esferas políticas, no próximo ano a situação tende a ser pior. “Se o governo federal já apresentou as contas públicas do próximo ano, com um déficit de 30% é porque a situação está complicada”, avalia.

Até o dia 21, os prefeitos pretendem mostrar à população os números de suas Prefeituras, que estão com custos cada vez maiores e repasses cada vez menores. Durante o encontro realizado em Telêmaco Borba nesta sexta-feira, os gestores citaram algumas das situações, como cortes de convênios – que está prejudicando desde o programa de pedras irregulares para calçamento de ruas até as entregas de casas do ‘Minha casa Minha vida’ -, os valores defasados para construções de creches e escolas, os custos com o transporte escolar, saúde, entre outros. “Temos que mostrar nossa realidade”, disse o prefeito de Palmeira, Edir Havrechaki. “Porque mesmo aqueles que não estão em uma situação tão ruim hoje, amanhã com certeza estarão”, disparou.

Para o prefeito de Castro, esta discussão da crise, junto à população é muito importante já que os prefeitos atuam como um tipo de ‘para-choques’ em sua comunidade. “Temos que mostrar que estamos gerenciando uma crise”, avalia. O chefe do Executivo de Porto Amazonas, Ademir Schulli, concorda e avalia que estas questões devem ser feitas em conjunto. “A AMCG deve continuar unida em suas decisões. Assim devemos manter juntos este Dia de Protesto”, disse.

Os gestores da AMCG devem participar também da movimentação que ocorrerá em Curitiba no dia 21, com os prefeitos de todos os 399 municípios do Paraná, que deve acontecer no Plenarinho da Assembléia Legislativa. “Esta é a melhor maneira, já que quando nos reunimos em Brasília para protestar ninguém nos atende”, comenta o prefeito de Carambeí, Osmar Blum, lembrando o descaso do Governo Federal com os prefeitos durante a última Marcha à Brasília.

Para o protesto, a AMCG deve seguir a pauta de reivindicações proposta pela AMP, que quer a revisão pacto federativo; a prorrogação lei resíduos sólidos; impedir o governo federal de criar novos encargos aos municípios sem a garantia de manutenção; a garantia dos 2% de aumento FPM. Além disso, há outras questões, que preocupa a AMCG e seu presidente, como a participação da união, através Fundeb, para pagamento do piso salarial professores; a liberação restos a pagar e a correção da inflação dos valores repassados para programas federais. “São questões muito importantes que devemos frisar junto ao Governo Federal”, finaliza.


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