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AMCG lança campanha para ajudar desalojados

Até agora região dos Campos Gerais contabiliza mais de 200 famílias desalojadas devido ação das chuvas

A Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) está lançando campanha para ajudar os municípios da região que estão tendo problemas devido às chuvas. Até agora, decretaram estado de emergência, Tibagi, Telêmaco Borba, Ivaí e Reserva, mas outros já contabilizam estragos devido ao tempo. No total, os municípios da região somam mais de 200 famílias desalojadas. Muitas delas puderam contar com ajuda de familiares e até mesmo das Prefeituras que as estão abrigando em espaços públicos. Para colaborar com estas famílias que tiveram que deixar suas casas e acabaram perdendo seus pertences, a entidade está solicitando a doação de água, comida, colchões e cobertores. Além destes itens, as Prefeituras também estão solicitando lonas para tentar conter os estragos. O material pode ser entregue na sede da AMCG – na Rua Ataúlfo Alves, 351 no Jardim América – e também nas Prefeituras dos municípios prejudicados.

Por enquanto, a situação é mais agravante nos municípios de Piraí do Sul e Telêmaco Borba. O primeiro contabiliza cerca de 80 famílias desalojadas. Conforme o secretário de comunicação, Abílio das Neves Mainardes, a situação é mais grave nas Vilas Dalcol, Jardim Manoel Isidro e em Santa Terezinha. Em nota, a Prefeitura diz que o município, em parceria com Castro, que já contra com 20 famílias desabrigadas – através da Defesa Civil e do Grupamento de Bombeiros – está tomando todas as medidas para a retirada das famílias, cujas casas se encontram em situação de alagamento. “As famílias estão recebendo todo apoio logístico necessário”.

Em Telêmaco Borba as famílias que estão fora de suas casas também passam de 80. Em coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira, o prefeito Luiz Carlos Gibson repassou os dados do município. A Prefeitura abrigou em espaços públicos do Jardim União e da Marinha 89 famílias. “A situação é preocupante pela intensidade da chuva que não quer cessar e aumentam-se mais os riscos de alagamento e deslizamento somados a falta de água potável para nossa população. Estamos acompanhando a todo o momento com equipes de trabalho nas áreas atingidas e buscando amenizar o sofrimento da população atingida”, declarou o prefeito, lembrando que são consideradas áreas de risco os bairros: Jardim União, Vila Monte Belo, Marinha, Vila Cristina, Bela Vista, Siqueira e Rua Capelinho (próxima ao Aeroporto), regiões ribeirinhas ao Arroio Limeira.

Já no município de Ponta Grossa a Defesa Civil retirou – até a tarde de quarta-feira – 38 pessoas de suas casas. Todas foram encaminhadas para residências de familiares. Conforme assessoria de imprensa da Prefeitura, aconteceram deslizamentos na Vilela, na Vila Margarida, no Santa Paula, na Ronda e Uvaia. A Vila Rio Branco, além de deslizamentos, teve alagamentos. A situação mais crítica se registrou no distrito rural de Uvaia, onde ocorreram alagamentos. Cerca de dez casas estão debaixo d’água.

Outros municípios também contam com famílias desalojadas: Ortigueira, Ipiranga, Ivaí, Porto Amazonas e Tibagi. Alguns deles aguardam os rios que cruzam localidades baixarem os níveis para contabilizar novos prejuízos. Em Porto Amazonas, a Defesa Civil informa que há cinco famílias desalojadas, mas outras 20 estão ilhadas em suas casas. “Conseguimos avisar a maioria das famílias que estavam em situação de risco, mas muitos acabaram ficando em suas casas e agora não conseguem sair”, contou o diretor de operações, Antonio Laertes Lima de Paula.

Isolados

Com as precipitações contínuas, há várias comunidades isoladas nos municípios da região. Em Tibagi são 10 mil quilômetros de estradas rurais e muitas delas encontram-se intransitáveis. “Nossa equipe já trabalha com foco redobrado, principalmente no interior, onde algumas áreas rurais estão isoladas. O volume da chuva foi tão grande que ultrapassou o limite de algumas pontes deixando a situação bastante agravada”, justifica a prefeita Ângela Mercer de Mello. “Estamos desempenhando ações para amenizar o sofrimento das famílias atingidas”, pontua.


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