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Implantação de gasoduto será discutida em audiência pública

Está marcada para quinta-feira, dia 5, às 19 horas no auditório do Centro da Juventude Wallace Thadeu de Mello e Silva no município de Castro, audiência pública para apresentação do projeto de expansão da Rede de Distribuição de Gás Natural (RDGN) para os Campos Gerais, desenvolvido pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas). O projeto prevê a construção de 80 quilômetros de tubulação em Ponta Grossa, Carambeí e Castro. Assim, antes de Castro, as audiências também serão realizadas em Ponta Grossa, nesta terça-feira, dia 3 e em Carambeí, na quarta-feira, dia 4.

O gerente da Assessoria de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Compagas, Marco Aurélio Biesemeyer, explica que a audiência pública é uma exigência legal das leis que regem a matéria ambiental, para que a comunidade afetada direta ou indiretamente pelo empreendimento possa tomar conhecimento de todos os impactos positivos e negativos da obra.

Nas audiências, marcadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a Compagas apresentará o seu estudo de impacto ambiental (EIA) e Relatórios de Impactos ao Meio Ambiente (Rima). “É o IAP [Instituto Ambiental do Paraná] que organiza e conduz os trabalhos da audiência pública. O empreendedor – no caso, a Compagas – irá apresentar a empresa e o empreendimento. Em seguida, a IGPLAN – empresa que fez o EIA irá apresentar aspectos físicos, biológicos e antrópicos (sociais) das áreas afetadas diretamente pelo empreendimento. Serão apresentados os principais impactos e quais as sua medidas mitigadoras e programas ambientais adotados pela Compagas”, explica o gerente. Feita a apresentação, técnicos do IAP e da Compagas ficarão à disposição para atender dúvidas dos participantes. “O objetivo da audiência é dar oportunidade para que entidades e população possam esclarecer todas as dúvidas referentes ao empreendimento”, aponta Biesemeyer.

Após a realização das audiências, o IAP emite as licenças ambientais para a construção da rede. “O IAP pode ainda solicitar informações complementares do EIA ou mudanças no projeto original. Feitas as alterações, a Compagas obtém a Licença Prévia, e com isso é possível abrir processo licitatório para contratação da empresa que fará o serviço. Mas, a obra só pode começar com a Licença de Instalação. Por fim, com a conclusão da obra e recomposição do ambiente, o órgão ambiental inspeciona e fornece a Licença de Operação e só então a rede pode começar a funcionar”, detalha o assessor. Conforme ele, todas as licenças – Prévia, de Instalação e de Operação – têm suas datas de validade, que são renovadas dependendo de cada caso.

PROJETO

Ponta Grossa começou a ser atendida pela Compagas desde 2000, quando foi construído o primeiro ramal da rede de gás natural. O atual projeto dará continuidade a essa rede, começando na entrada de Ponta Grossa – onde há o portal da cidade -, fazendo a volta pela BR-376, seguindo pela PR-151, passando por Carambeí e chegando até Castro. As obras estão previstas para iniciar em abril de 2014, e terminar em novembro de 2015, totalizando 76 quilômetros de rede e investimento total de R$ 83 milhões. “A rede que foi estendida até o Centro de Ponta Grossa não pode ser usada neste projeto porque possui pressão mais baixa. Por isso, vamos expandir a rede da entrada de Ponta Grossa, que conta com pressão maior”, frisa o gerente.

A ampliação da malha de distribuição de gás tem o objetivo de atender a demanda do segmento industrial, que na região conta com clientes como Ambev – em Ponta Grossa, assim como a Cargill e Evonik Indústria Química, em Castro.

O presidente da Compagas, Luciano Pizzatto, comenta que a região tem a ganhar com mais uma fonte de energia. “Os Campos Gerais poderão contar com um combustível mais econômico e menos poluente, contribuindo para a qualidade do meio ambiente. Além disso, a disponibilidade de gás natural pode ser um vetor para atrair mais indústrias para região”.

Para o secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Rodrigo Morais da Silva, a audiência é uma boa oportunidade para que a comunidade conheça o projeto. “A chegada do gás natural em Castro significa um marco para o desenvolvimento do setor industrial. E, com a ampliação da rede, além de indústrias, no futuro o produto poderá ser disponibilizado ainda em postos de combustíveis”, avalia.

VANTAGENS

Biesemeyer explica que o gás natural é chamado desta forma porque pode ser encontrado naturalmente nas profundezas do mar ou abaixo do solo em diversos lugares do mundo. Ele é um combustível fóssil como o carvão mineral e o petróleo. Sua queima produz uma combustão limpa, liberando apenas componentes que não são considerados tóxicos – como dióxido de carbono e vapor d’água. Além disso, não possui cheiro nem cor, e, apesar de ser inflamável se aquecido a temperaturas superiores a 622°, não é explosivo. Também é mais barato que energia elétrica e mais seguro que o gás de cozinha (Gás Liquefeito de Petróleo – GLP).

Entre as vantagens do uso deste combustível, o gerente aponta o baixo impacto ambiental. Ele substitui formas de energias poluidoras como carvão, lenha e óleo combustível e também contribui para a redução do desmatamento e diminui o tráfego de caminhões que transportam outros tipos de combustíveis às indústrias. “Uma grande vantagem é que as indústrias não precisam investir em área de estoque do gás natural, como é necessário com outros tipos de combustíveis. Isso porque o gás natural é fornecido de forma contínua, a exemplo da água e energia elétrica”, completa o gerente.

 

FONTE: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Castro


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