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Ministro reconhece sobrecarga dos municípios, mas ressalta avanços

O ministro da saúde Ricardo Barros esteve reunido na tarde desta sexta-feira em Ponta Grossa com gestores da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e Associação dos Municípios do Centro Sul do Paraná (Amcespar). Em uma ‘prestação de contas’ o ministro apontou R$ 17,9 milhões em recursos somente para a AMCG nos seus 200 dias de gestão a frente do Ministério. Barros confirma a sobrecarga dos municípios quanto aos investimentos da saúde, mas garante que está trabalhando para reverter o quadro.

Em sua explanação na sede da subseção Ponta Grossa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ele disse que a participação na saúde em investimentos é de 43% da União, 26% dos estados e 31% dos municípios. “Os municípios que deveriam investir 15% em saúde já estão ultrapassando e chegando em 31%”, destaca, completando que no Ministério vem tentando avançar com uma solução.

Para o presidente eleito da AMCG, o prefeito de Jaguariaíva José Slobodá, esta aproximação do Governo Federal com os municípios é de suma importância para a transformação da saúde da população. “Esta é a terceira reunião de trabalho que nós prefeitos temos com o ministro”, destacou, ressaltando o empenho de Barros ao resolver os problemas dos gestores. Além disso, o presidente agradeceu as emendas empenhadas em prol da região.

Uma das maneiras encontradas para reverter o quadro de sobrecarga apontado por Barros foi a economia conseguida no Ministério da Saúde de R$ 1,9 bilhão, valor este que está sendo revertido para investimentos. Mas investimentos planejados. Para isso, Barros ressaltou a importância da informatização do sistema de saúde para ter um diagnóstico real da situação, em todas as esferas.

Conforme Barros, além das ações de planejamento, a informatização do sistema nos municípios resultará em economia de pelo menos 20% de recursos da saúde. “A informatização garante mais controle e também segurança no diagnóstico dos pacientes”, avalia, lembrando que os pacientes terão seu histórico, o que evitaria erros como a duplicidade de exames.

Para o ministro, além da informação, outro aspecto fundamental para a saúde é a humanização. Para melhorar a questão, Barros solicitou aos gestores foco neste aspecto para que os pacientes tenham o acolhimento que procuram em seus municípios.

Quanto ao investimento de R$ 17,9 milhões para os municípios dos Campos Gerais, o ministro  elencou R$ 13,7 milhões em emendas para ampliar a assistência à população e R$ 4,2 milhões para o custeio da saúde. “Conseguimos empenhar 95% das emendas, 65% a mais do que em 2015”, exulta.

Presentes

Além do ministro Ricardo Barros e dos prefeitos da AMCG e Amcespar que puderam expor seus anseios, estiveram presentes no evento, a vice-governadora Cida Borghetti, os deputados federais, Aliel Machado e Sandro Alex, o deputado estadual, Hussein Bakri, além do coordenador da Funasa no Paraná, José Alexandre.

Aliel e Sandro ressaltaram as emendas individuais e de bancada que puderam apresentar e foram empenhadas graças a atuação de Barros no Ministério da Saúde. Aliel destacou os R$ 4 milhões destinados para a construção de uma Maternidade Regional que irá beneficiar vários municípios dos Campos Gerais.

Já Sandro exultou a notícia da aquisição do acelerador linear que vai possibilitar a Santa Casa da Misericórdia de Ponta Grossa ser referência em oncologia. Além disso, o parlamentar destacou a habilitação do Hospital Regional em ortopedia. “E agora vamos pleitear a UTI Neonatal”, adiantou.

Ainda no encontro, o ministro aproveitou para apresentar o coordenador do Ministério da Saúde no Paraná, Alexandre Teixeira.

 

Referência em Oncologia

O custeio citado pelo Ministro Ricardo Barros é referente a oito serviços que estão em funcionamento e passam a ser beneficiados com a contrapartida federal para habilitação ou qualificação. Os serviços contemplados estão distribuídos nos municípios de Castro, Jaguariaíva e Ponta Grossa. Em Ponta Grossa, Barros destacou a liberação de um acelerador linear para a Santa Casa da Misericórdia, o que vai possibilitar serviços de referência em oncologia.

Dos 17,9 milhões liberados para a região, R$ 4,1 milhões beneficiam serviços como leitos de UTI, SAMU, saúde bucal, além do custeio de procedimentos ambulatoriais e internações especializados em média e alta complexidade, como oncologia e traumatologia e ortopedia. Para incrementar o repasse, ainda foram liberados R$ 13,7 milhões referentes a emendas parlamentares.

 


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