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Mulheres debatem empoderamento feminino em Curiúva

“As coisas são difíceis sim. Mas não impossíveis”. A frase é da Dona Leonilda Francisca de Oliveira, uma das participantes do primeiro encontro do projeto “Eu Quero Mais! de Valorização da Mulher e Igualdade entre os Sexos” que ocorreu no município de Curiúva na última quarta-feira, dia 26 de novembro.  Sem estudos, mas com sede de conhecimento, a senhora deu uma verdadeira aula de cidadania durante a reunião promovida pelo Núcleo Regional dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio dos Campos Gerais, Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e Serviço Social da Indústria (Sesi), através de parceria com o Centro de Referência de Assistência Social de Curiúva. “Meu diploma é a minha educação”, fala, com orgulho.

A explanação de Leonilda veio ao encontro da proposta do projeto, de alcançar o empoderamento feminino. “O que nós propomos é que as mulheres participantes atuem como atores sociais em sua comunidade e não fiquem somente como espectadoras”, explica a coordenadora da proposta na AMCG, Luciane Rosas Rodrigues. Após a oficina “Despertando o Empreendedorismo”, as curiuvenses apontaram alguns de seus ‘sonhos’ para o município. A educação com cursos para jovens e adultos foi uma das questões apontadas durante o evento.

Para as mulheres que não contam com oportunidades de geração de renda, a sugestão foi a realização de novos cursos, como corte e costura. Conforme a voluntária de uma Associação do município voltada às famílias carentes, Regina Estela, em sua própria instituição há máquinas que não estão sendo utilizadas. “Já contamos com diversos cursos aqui em Curiúva, mas já faz algum tempo que estamos sem novas turmas”, destaca.

Outra questão apontada pelas participantes do “Eu Quero Mais!” foi a falta de atividades em contra-turno escolar no município. Conforme Ivanilda Francisca de Oliveira, se houvesse mais opções para os jovens muitos não estariam “caindo no mundo das drogas”, como ocorreu com um de seus filhos. “Falo por experiência própria”, aponta, contando que devido ao problema seu filho está preso há mais de cinco anos.

Para tentar ajudar as famílias que passam pela mesma situação que ela, Ivanilda propôs um negócio, no qual o lucro seria revertido a uma instituição que atendesse tanto os pais, como os jovens. “Nós só temos a ganhar ajudando os outros”, finalizou. O trabalho “em rede” apontado pela articuladora do Sesi, Glaucia Wesselovicz durante a oficina, foi ressaltado pelas mulheres, que já formaram o Comitê de Valorização da Mulher de Curiúva.

Para o coordenador do Cras de Curiúva, Silvio, é muito importante este movimento da comunidade em busca de seu desenvolvimento. “Elas próprias podem buscar a realização de ações que venham a melhorar sua qualidade de vida”, avalia. O próximo encontro para a montagem do plano de ação será marcado para o início do próximo ano.

 

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