A 3ᵃ, a 4ᵃ e a 21ᵃ Regionais de Saúde devem implantar o Samu Regional que integrará 28 municípios. A convite do consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde), os prefeitos dos município integrantes das regionais estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira na sede da Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa para debater como ocorrerá a implantação da Rede Paraná Urgência. A primeira ação para que Samu Regional venha a funcionar foi a montagem de uma comissão de prefeitos para verificar qual será o modelo que este serviço seguirá.
Conforme o diretor de Politicas de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Vinicius Filipack, há três possibilidades para implantação do Samu Regional. Cada município gerir suas ambulâncias, a gestão ser realizada pelo já criado CimSaúde, ou a criação de um novo Consórcio para administrar o Samu. “Os Samus que funcionam melhor hoje no Estado são os que criaram um consórcio exclusivo para urgência e emergência”, aponta o diretor da Sesa.
Da comissão de prefeitos para a escolha do modelo de gestão do Samu Regional irão participar no mínimo três prefeitos de cada uma das regionais envolvidas e que se beneficiarão com a implantação, sendo de Irati, Teixeira Soares e Inácio Martins da 4ᵃ, Palmeira, Jaguariaíva, Carambeí, Castro e Ponta Grossa, da 3ᵃ, e Telêmaco Borba, Ortigueira e Tibagi, da 21ᵃ.
Para Filipack é importantíssimo que todo o Estado se organize na Rede Paraná Urgência, para assim ela atender integralmente todas as regiões. “O sistema de saúde tem que possibilitar o atendimento a todos os pacientes, e encima do conceito: paciente certo no local certo e no– tempo certo”, avalia, destacando que a organização resultará na qualidade de fluxo de pacientes.
De acordo com a Sesa, a Rede de Urgência já avançou, e com a implantação do Samu Regional irá otimiza-la. Conforme o diretor de Politicas de Urgência e Emergência, em 2010 apenas 15 municípios do Estado estavam Samu implantado. E neste ano já são 320 municípios, o que representa 87% de cobertura de todo o estado.
Para esta implantação a Sesa estima um investimento mensal R$ 2,6 milhões, sendo R$ 1,2 milhão proveniente de recursos dos Governos Estadual e Federal. Este seria referente a seis ambulâncias avançadas, 18 ambulâncias básicas, a central de regulação e a coordenação Samu.
Recursos
A implantação do Samu Regional foi explicada a todos os gestores presentes, mas o receio continua o mesmo das demais discussões acerca do serviço. “Já tivemos esta discussão em 2013, mas ela não avançou, pois os prefeitos ficaram temerosos com os altos custos da implantação”, recorda o presidente do CimSaúde, Osmar Blum.
A garantia dos recursos dos Governos Federal e Estadual para a manutenção do Samu Regional também garantiram o entrave. Conforme o presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), o prefeito de Jaguariaíva, José Sloboda, os recursos dos municípios ainda serão maiores que os investidos pelos demais entes da federação. Como exemplo, ele citou o ConSamu da região oeste do Estado, onde os municípios investem mais do que o pactuado, que seria 50% do governo federal, 25% do Estado, e até dos municípios.
Conforme o diretor da Sesa, os municípios realmente terão novos custos com a implantação do Samu Regional, mas não será 100% recursos novos. “Serão recursos da saúde que serão realocados e otimizados”, avalia.