Dezesseis dos 28 municípios que deveriam compor o Samu Regional dos Campos Gerais já assinaram o Protocolo de Intenções para a Criação do Consórcio Intermunicipal que irá gerir o Serviço e Urgência e Emergência na Região, o CimSamu. A perspectiva inicial era que todos os municípios da 3ª, 4ª e 21ª Regionais de Saúde do Estado aderissem ao Consórcio para atender a população, deixando a Rede de saúde completa, e o rateio de seus custos mais acessível entre as Prefeituras, mas alguns gestores ainda não assinaram à proposta encabeçada pelo Consorcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde) e Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG). “Teremos muita agilidade no atendimento da saúde com o Samu Regional”, acredita o presidente da AMCG, José Slobodá. Por isso é que os prefeitos que já assinaram o Protocolo pedem a agilidade dos demais Executivos da região. “Temos que ter uma definição o quanto antes sobre isso”, avalia o presidente do CimSaúde, Osmar Blum, lembrando que o próximo ano é eleitoral.
Conforme Jaime Menegoto Nogueira, que está a frente da proposta do novo Consórcio, por enquanto há a perspectiva de 20 municípios aderirem ao CimSamu. “O ideal seria que todos os 28 aderissem agora”, avalia, destacando que é necessário um posicionamento para a definição da localização das bases. “A questão prioritária para a implantação do Samu Regional é o tempo/resposta do atendimento. E temos que lembrar que a distância entre nossos municípios é grande”, justifica.
Durante reunião dos prefeitos da AMCG na manhã desta quarta-feira na Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG), a diretora da 3ª Regional de Saúde, Scheila Mainardes apresentou aos prefeitos um desenho de como funcionaria o Samu Regional, bem como seus custos. Com um total de 20 Unidades Básicas de Saúde e sete Unidades Avançadas divididas entre os municípios conforme suas distâncias, mais a Central de Regulação – localizada em Ponta Grossa, o custo mensal per capta, com a adesão de todas as 28 Prefeituras Municipais, seria de R$ 1,47. “Claro que este valor tende a ser maior se não forem todos os municípios que aderirem”, avisa.
Após a habilitação e qualificação dos serviços do Samu Regional parte deste valor é custeado tanto pelo Estado quanto pelo governo Federal. Mas no início, todo o custeio será de responsabilidade dos municípios. “No mínimo, o Ministério da Saúde demora de três a seis meses para fazer as verificações do funcionamento”, conta Scheila.
Mais da Saúde
Integrantes do Hospital Bom Jesus participaram do encontro de prefeitos na manhã desta quarta-feira. Médicos e diretoria apontaram aos gestores municipais a dificuldade de se manter os pacientes no Sistema Único de Saúde para realizar a sequencia do atendimento, e realizar mais agilmente novos encaminhamentos quando necessário. O assunto deve ser novamente abordado com os secretários de Saúde dos municípios. A proposta é facilitar o contato ponta a ponta do atendimento. “Essa questão irá facilitar e muito, principalmente para os municípios mais afastados”, avalia o presidente da AMCG.