Mesmo sentindo os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, os prefeitos da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) manifestam a sua solidariedade à greve. A maioria dos municípios já conta, desde quarta-feira, com serviços comprometidos, mas seus gestores destacam o apoio aos trabalhadores que estão protestando. “Os prefeitos são a favor e solidários com a greve dos caminhoneiros, visto que os altos custos dos combustíveis afetam diretamente os orçamentos das Prefeituras”, explica o presidente da AMCG e prefeito de Jaguariaíva, Juca Sloboda.
Em seu município, a falta de gasolina e do etanol afetou o serviço de transporte escolar e demais veículos do serviço público. Somente os veículos movidos a diesel continuam em funcionamento, bem como os serviços prioritários, como da saúde. “Além disso, o desabastecimento é evidente nos estabelecimentos comerciais”, conta. Serviços de saúde também estão sendo priorizados nos demais municípios. A coleta de lixo, na maioria das Prefeituras, continua a funcionar, mas de forma reduzida.
No caso do município de São João do Triunfo nem mesmo a coleta de lixo pode ser mantida. Pois o aterro que recebe os resíduos da população segue até Três Barras em Santa Catarina, e, portanto, o caminhão da coleta não pode realizar a destinação devido aos bloqueios na estrada. Em nota, a Prefeitura solicita a “compreensão e colaboração da população no sentido de acomodar o lixo até o retorno das atividades”.
Em Reserva, Ortigueira, e parte de Ponta Grossa, o comércio local também está manifestando apoio à greve. Em Reserva, os comerciantes fecharam suas portas na quinta-feira das 14 às 15 horas. Em Ortigueira, nesta sexta-feira houve manifestação às 15 horas em frente à Igreja Matriz. Manifestantes seguiram até a Cocari para prestar solidariedade aos grevistas. Já em Ponta Grossa, a Associação Comercial e Industrial (ACIPG) emitiu nota com lista dos estabelecimentos que estariam suas portas fechadas hoje.