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Profice deve expandir atividades culturais na região

Dos 365 projetos habilitados para análise técnica do primeiro edital do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE), da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), 90 devem ser executados nos municípios da região dos Campos Gerais em 2016. Conforme o coordenador dos Núcleos Regionais da SEEC, Belo Lança, estes projetos terão que passar pela segunda e última fase, técnica e de mérito, para realmente receber os recursos do edital e acontecer na abrangência da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG). Foram apresentados projetos das áreas de artes visuais, audiovisual, circo, dança, literatura, livro e leitura, música, ópera, patrimônio cultural material e imaterial, povos, comunidades tradicionais e culturas populares e teatro. Este primeiro edital do PROFICE garante recursos na ordem de R$ 25 milhões para os projetos selecionados.

Apesar de terem sido propostos para os municípios da região, os proponentes são, em sua maioria, de fora dela. “Vemos que os produtores de eventos ainda se concentram em somente alguns municípios”, destaca Lança, citando pesquisa na mais nova ferramenta criada pela Celepar para a Cultura do Paraná. “Já contamos com um mapa georreferenciado com informações de todos os municípios do Estado”, exulta. Dados de cada município, como equipamentos, agentes culturais, patrimônios, atividades culturais e meios de comunicação, além da pesquisa por editais podem ser encontrado através do sistema, disponível para qualquer cidadão, através do portal Informações da Cultura no site da SEEC (www.cultura.pr.gov.br).

Os projetos que já passaram pela primeira fase devem ocorrer nos municípios de Castro, Carambeí, Curiúva, Imbaú, Ipiranga, Ivaí, Ortigueira, Palmeira, Porto Amazonas, Ponta Grossa, São João do Triunfo, Sengés, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania. Sendo que em Ponta Grossa representa a maioria das propostas apresentadas, totalizando 40. “Verificamos um volume muito grande de produção cultural e uma distribuição mais adequada no Estado”, destaca Lança, citando que esta distribuição foi uma das exigências do edital do Profice. “Queremos que as produções culturais de determinada região possa circular também pelos municípios pequenos”, antecipa. Conforme o coordenador de Núcleos Regionais este primeiro edital já mostrou esta mudança, já que os recursos serão distribuídos de maneira mais igualitária: 46% para cidades menores que 100 mil habitantes e 54% para as maiores. Os projetos selecionados na segunda fase devem ser conhecidos até o próximo mês de março e estarão disponíveis para pesquisa no mapa georreferenciado.

Apesar de 15 municípios da AMCG estarem contemplados com projetos nesta primeira etapa de aprovação, apenas cinco deles aparecem como os proponentes de projetos. Somente Curiúva,Ventania (com o maior volume de recursos), Arapoti, Jaguariaíva e Ponta Grossa. “Este é um dado interessante de se trabalhar”, avalia Lança, propondo já um debate de como contar com novos produtores culturais nos demais municípios.

O coordenador dos Núcleos Regionais participou da última reunião da AMCG Cultura realizada em Ponta Grossa na terça-feira e apresentou a ferramenta aos gestores. “Estamos trabalhando no planejamento para 2016 e vamos atuar com o Plano de Desenvolvimento Macrorregional”, adianta. A macrorregião dos Campos Gerais compreende os municípios da AMCG – exceto Curiúva – e mais cinco, Imbituva, Teixeira Soares, Lapa, São Mateus do Sul e Antônio Olinto. Para Lança, a AMCG Cultura faz com que os Campos Gerais seja uma das macrorregiões mais articuladas do Estado na área, ao lado da região de Campo Mourão. “E esta nova ferramenta irá possibilitar acesso a informações com mais precisão e para a construção do desenvolvimento com a tomada de decisões estratégicas com uma base real”, avalia. Para isso, o coordenador solicita que os dados enviados à SEEC sejam frequentemente atualizados pelos gestores e técnicos das Prefeituras.


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