Durante reunião da AMCG o secretário convidado apresentou os programas que os municípios dos Campos Gerais podem ser inseridos
A participação dos municípios da região nos programas do Governo do Estado foi o destaque da explanação do secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Cláudio Romanelli. Ele foi o convidado da reunião da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) realizada nesta sexta-feira em Ventania e apresentou vários programas que estão sendo executados no Paraná. “O desafio na região é a participação nos programas. Em muitos municípios a transição de Governo dificultou esta parceria”, apontou.
O secretário iniciou seu discurso falando da diferença no desenvolvimento dos municípios dentro da região, mas lembrou que a atração de novos investimentos depende de infra-estrutura e logística, mas também de mão de obra qualificada. “Esta questão é a principal para a atração de novos investimentos”, destacou o chefe da pasta do trabalho, acrescentando que muitos dos municípios não alcançam o desenvolvimento econômico devido a falta de qualificação.
Por isso, um dos desafios da Secretaria do Trabalho é atender a população através de programas de qualificação profissional, como o Projovem Trabalhador, o Planteq e o Pronatec. “Somente o Pronatec conta com 75.000 vagas para preencher em 2013 no Paraná, e o Estado não consegue captar trabalhadores para qualificar. Dos 399 municípios do Paraná apenas 43 estão recebendo cursos do Pronatec”, enumerou Romanelli, solicitando ações dos prefeitos para receber estes cursos, que foram contratados pelo Governo Federal, mas são realizados pelo Sistema S.Além de qualificar seus trabalhadores, os municípios que tem mais de 200 alunos inseridos no programa recebem recursos do Governo.
Além da qualificação, a fim de buscar a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, o secretário citou outros programas, como o “Leite das Crianças” – que hoje atende 145 mil crianças por dia de 6 a 36 meses, através de um investimento mensal de R$ 6.500.000,00 – e o “Compra Direta”.
Hoje, o programa Compra Direta só contempla cinco dos 18 municípios que compõe a AMCG: Ponta Grossa, Arapoti, Jaguariaíva, Tibagi e Porto Amazonas. “E ele poderia estar nos 18 municípios”, aponta Romanelli, explicando que o programa consiste na compra de alimentos dos agricultores familiares diretamente pelo Governo do Estado para atendimento de algumas entidades. Hoje o município de Tibagi é um dos que recebem o valor anual mais alto do “Compra Direta”: R$ 449.678,00. Ponta Grossa recebe R$ 112.469,37, Arapoti R$ 26.999,00, Jaguariaíva R$ 100.186,51 e Porto Amazonas R$ 32.340,94. Através do programa os proprietários rurais recebem ainda assistência técnica da Emater.
Com o “Compra Direta”, o produtor recebe até R$ 4.500 por ano para entrega de seu produto. Mas, conforme o secretário de trabalho este valor irá aumentar para R$ 5.500 para agricultores e R$ 8.500 para produtores de orgânicos. “Queremos incentivar o produtor orgânico no Estado”, revela. Além de incentivar o agricultor, o dinheiro fica com o próprio município, que cadastra seus agricultores para atender suas próprias entidades, como escolas públicas ou penitenciárias. “Com isso, acabamos ainda garantindo uma nutrição adequada para os atendidos”, finaliza.
Para a presidente da AMCG, Ângela Mercer Mello a participação do secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária veio atender aos anseios dos prefeitos da região que puderam conhecer mais os programas e os benefícios que eles podem trazer se implantados nos municípios. Além disso, a presidente ressaltou o contato direto com o governo do Estado durante as reuniões da entidade. “Continuamos mostrando a forte parceria que a região tem com o Governo”, disse.