Integrantes da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e do Núcleo dos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis (ODS) dos Campos Gerais estiveram presentes na tarde de segunda-feira no Seminário ODS na capital paranaense. Entre os assuntos abordados, a importância dos Objetivos para os negócios. “Como atuamos diretamente com os ODS em nossos projetos tanto do Núcleo como da AMCG, é importante estar atualizado sobre os temas”, destaca a diretora da Associação, Katiane Pires Ferancini, lembrando que o tema ODS é recente, já que até o final de 2015 os trabalhos se desenvolviam baseados nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis e suas 169 metas estão sendo chamados de Agenda 2030, já que, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), irá pautar as ações globais até este ano. Conforme o coordenador-geral para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Mario Mottin, os oito ODM eram uma agenda de emergência, de solidariedade, enquanto os ODS ampliaram as metas, sendo uma “Agenda de inovação”. “É uma oportunidade para quem pensa no futuro”, conclui.
Presente no evento, o diretor do Programa de Desenvolvimento Local do United Nations Institute for Training and Research – UNITAR, e diretor do Centro Internacional de Formação de Atores Locais para a América Latina (Cifal), Alex Mejia falou dos custos de implantação da Agenda 2030, que conforme estudos chegariam a U$ 10 trilhões. “O mundo têm recursos para isso? Tem. Mas não podemos utiliza-lo. Precisaríamos conter os fluxos ilícitos para conseguirmos”, explica. Para os profissionais presentes, o que podemos fazer hoje para começar a implantar a nova Agenda é viabilizar parcerias. “O setor privado tem um papel transformador na sociedade”, ressalta Mottin, citando ainda a importância da implantação das Parcerias Público Privadas (PPP).
Para Mejia, antes de falar de ODS é necessário falar de “cidadãos globais”. “Temos que entender o que passa ao nosso redor e realizar ações para trazer impactos locais”, explica. Conforme a diretora da AMCG, a Associação vem realizando ações que exemplificam a fala do diretor da Unitar e da Cifal. “Junto com o Núcleo e Prefeituras estamos desenvolvendo diversos projetos que visam o local”, relata. Os projetos também têm por objetivo levar informações às pessoas de todos os 19 municípios da AMCG.
Falando de informações, foi isso que a presidente da Organização Mundial das Famílias – ONU, Deisi Noeli Weber Kusztra ressaltou durante sua apresentação. “Temos que focar no não usual. Hoje a maioria dos projetos sociais não se preocupa na transmissão do conhecimento. E isso é muito importante. Temos que priorizar esta mudança”, disse.
Nos Campos Gerais
Desde 2015, a AMCG, o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Núcleo ODS desenvolvem o projeto “Eu Quero Mais, de valorização da mulher e igualdade entre os sexos”, que tem por objetivo realizar o empoderamento feminino, através do compartilhamento de informações com o foco no empreendedorismo. Além disso, será lançado em breve um novo projeto que envolverá escolas e seu alunos no qual será levado o conhecimento dos ODS e o que já vem sendo feito por eles na região.