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Gargalo da saúde é seu custeio, apontam gestores

Os prefeitos da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) apresentaram a situação da saúde da região ao Ministro Ricardo Barros, que esteve na manhã desta sexta-feira em Ponta Grossa. Os gestores foram convidados a realizar uma reunião com o ministro, que passou pelo município para anunciar recursos para a Santa Casa da Misericórdia. Os gestores dos Campos Gerais apontaram como principal problema da saúde o custeio. “É o grande gargalo da saúde pública”, aponta o prefeito de Castro, Reinaldo Cadoso.

Para o prefeito de Ponta Grossa Marcelo Rangel a visita de trabalho do ministro demonstrou uma atenção sem igual aos municípios. “Como Barros já foi prefeito, ele conhece todas as nossas dificuldades”, disse. O deputado federal Sandro Alex reiterou: “é um momento de respeito, que demonstra outra política do país”, disse. Sandro adiantou que o ministro garantiu Ponta Grossa como novo centro de referência em oncologia. “Uma luta que estamos acompanhando há anos”, exultou. Um Centro de Oncologia deve funcionar anexo à Santa Casa.

Representando os demais prefeitos da AMCG, o chefe do Executivo de Ipiranga, Roger Selski, solicitou atenção para o Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais, e aos pequenos municípios, que ficam praticamente sem recursos para manter Postos de Saúde e Hospitais. Conforme os gestores, há municípios que gastam mais de 40% no custeio da saúde, como é o caso de Piraí do Sul, em que o valor é de 42%. “42% é para a saúde, 27% para a educação e o restante para folha de pagamento. Não sobra mais nada”, enumera o prefeito Valentim Milleo.

O secretário de saúde de Telêmaco Borba, Claudio de Souza, disse ser impossível atender a saúde com os 15% do orçamento municipal, previstos em lei. Para ele o Governo Federal deveria tratar da saúde com a mesma prioridade que os municípios estão tratando e garantir mais investimentos para o setor. “Desta maneira nossos hospitais correm o risco de fechar as suas portas”, disse.

Outra lacuna apontada são os serviços de média e alta complexidade. O prefeito de Palmeira, Edir Havrechaki, solicitou uma aproximação deste tipo de atendimento e os cidadãos dos municípios da região. Os profissionais da saúde também foram citados. A chefe do Executivo de Tibagi, Angela Mercer de Mello pontuou que não há reposição dos médicos, após estes se aposentarem. Já Selski lembrou da dificuldade de levar estes profissionais para municípios pequenos.

Após ouvir aos anseios dos prefeitos, o ministro falou de sua missão de servir a comunidade. Para Barros, os municípios tinham que começar focando na prevenção das doenças, citando o Protocolo de Alimentação Saudável que irá pautar o que será servido nas merendas escolares, nos restaurantes populares, e também nas cestas básicas.

O ministro sugeriu aos prefeitos a utilização de um software do Governo Federal para informatizar os Postos de Saúde, o que irá garantir uma melhor gestão e gerar economia. O município de Jaguariaíva já está utilizando a ferramenta na gestão dos Postos.


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